Reforma da Via Costeira de Campo Grande foi um erro urbanístico é o que diz novo artigo de Cristiano Almeida

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Na Via Costeira da maquete o espaço era amplo porque apagavam as construções do lado. Foto: CG News

E Agora: Ficção ou Desenvolvimento?

* Cristiano Almeida

As obras da BR-110 acabam de chegar a Terrinha de Santana e só agora “caiu a ficha”: por onde passará a BR em Campo Grande?
De um lado os produtores rurais não concordam com os valores de indenização oferecidos pelo Governo Federal e não querem ceder suas terras para que a BR-110 contorne a cidade, e do outro lado está uma obra caríssima chamada “Via Costeira”.
Não quero falar aqui da decisão desses homens de conduta honrosa e reconhecida competência que deram a vida em prol da construção de seu patrimônio e sustento de suas famílias. Tendo em vista, porem, que o bem público é patrimônio de todos e o desenvolvimento é um anseio do nosso povo, cabe-me discorrer algumas linhas que representam senão o grito da população campo-grandense.
Primeiro, é preciso considerar que a Via Costeira é um investimento contraditório, não somente no nome, mas também no próprio cerne da proposta, visto que:
a) não há atrativo turístico naquele local que justifique a presença daqueles quiosques;
b) está presente em uma área notavelmente habitada e por isso torna-se inviável o emprego de som alto;
c) com o objetivo de promover festas naquele local, na prática mostrou-se incompatível com a proposta, pois reduziu demasiadamente o espaço e perdeu-se a visibilidade do palco, além de dificultar a circulação dos espectadores;
d) trata-se de um investimento de uso eventual, pois não é todo dia que se fazem festas por lá;
e) não tem atraído público, a não serem os próprios habitantes de Campo Grande.
Segundo, é preciso destacar a importância da BR-110 para economia local. Essa obra coloca Campo Grande na rota entre as principais cidades da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará, no eixo João Pessoa – Campina Grande – Caicó – Campo Grande- Mossoró – Fortaleza. Portanto, quase toda a produtividade dessas regiões passará por CG. É uma ótima oportunidade para nossa cidade desenvolver o comércio, o setor hoteleiro e outros serviços. Além disso, um excelente estímulo para vendermos o nosso artesanato.
Deve-se ainda ressaltar, que reduz sobremaneira o tempo para nos deslocarmos até Mossoró. O que nos permite pensar nos estudantes que hoje precisam morar lá para fazerem um curso de nível superior, distantes de sua convivência familiar e expostos às adversidades, como a precariedade do transporte público, e podem com a conclusão da BR voltar a morar em CG no seio de suas famílias.
Por fim, deve-se considerar que em Campo Grande não existe via alternativa capaz de comportar o transito de veículos de grande porte, como carretas, caso a Via Costeira seja interditada para festas.
Na verdade, contra fatos não há argumentos e, ao invés da prefeitura gastar “mares” de dinheiro com essa obra fictícia em nome e objetivos, deveria sim antecipar-se a esse investimento da BR-110 que, sabíamos, já estava pra acontecer, criando condições para favorecer o fluxo de veículos e estimulando o desenvolvimento da nossa cidade.

* Cristiano Almeida publicou originalmente esta matéria no CG News e foi reproduzida pela equipe do blog jPT

1 comentários:

  1. Marcus Fotos disse...:

    È na verdade não concordo! porque jucurutu tá com um projeto para tirar o trafego de dentro da cidade, campo grande vai entrar pelo mesmo caminho? para depois tarem culpa uns nos outros e gastando dinheiro com uma nova obrar? cabeça foi feita pra se pensar, politicagem é o cumulo da idiotice. lembrem que existem colégios bibliotecas praças antes mesmos do projeto da via costeira.

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