A presidente Dilma
Rousseff disse, nesta terça-feira (5), que o governo estuda cortar
integralmente os tributos federais cobrados sobre a cesta básica, e também
revisar os itens que fazem parte dela porque o conceito atual estaria
"ultrapassado".
Em setembro
passado, a presidente vetou uma medida que reduziria a zero
algumas taxas para produtos da cesta básica. Em vez disso, criou um grupo de trabalho para apresentar uma
proposta de composição dessa cesta e dos respectivos cortes de tributos.
Em entrevista a
rádios do Paraná, Estado que visitou nesta segunda, a presidente disse também
que o governo nunca descuidou da inflação, e prometeu continuar a cortar
impostos de investimentos, produção e emprego.
"Nós estamos
estudando a desoneração integral da cesta básica dos tributos federais",
disse ela, acrescentando que o governo está "revisando quais são os
produtos que integram a cesta básica".
A presidente afirmou
ainda que pretende conversar com os Estados para que cortem tributos regionais
que incidem sobre a cesta básica.
Crescer com inflação baixa
Ao falar da
inflação, que em 2012 ficou em 5,84%, a presidente prometeu baixá-la. "Nós
não descuidamos dela [a inflação] em nenhum momento, em nenhuma
circunstância", disse a presidente, afirmando que o índice deve cair em
2013 por conta da redução das tarifas de energia elétrica e de outros cortes de
impostos.
Questionada sobre o
impacto do aumento da gasolina e do diesel sobre a inflação, Dilma disse que
ele é compensado com folga pela redução das tarifas de energia. "Nós
ganhamos muito mais do que por ventura perdemos".
"Eu quero
reduzir esta taxa de inflação, eu acho que é importantíssimo que nós cresçamos
e tenhamos inflação baixa."
Dilma diz estar
otimista com crescimento da economia do país
Ao comentar o
crescimento econômico, Dilma demonstrou otimismo ao dizer que a redução na taxa
de juros realizada ao longo de 2012 "vai começar a dar resultado a partir
de agora", mas ponderou que o cenário global ainda atrapalha.
Segundo ela, o
Brasil crescerá em 2013, mas será "um crescimento mais lento"
porque "o mercado internacional não recuperou e nós temos uma queda brutal
do comércio internacional".
Depois de o governo
recorrer a várias manobras para cumprir a meta ajustada do superávit primário
do setor público, Dilma disse que o país "tem as contas públicas
inteiramente sob controle", acrescentando que "o Brasil é um país
sólido".
(Com Reuters)
*Uol Noticias
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