Em novo artigo, Cristiano Almeida questiona o papel dos vereadores

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Imagem ilustrativa: www.mimosinfoco.com.br

Qual o futuro de Campo Severo?

* Cristiano Almeida

No capítulo anterior da fatídica novela dessa pequena cidade fictícia chamada Campo Severo, assistimos ao conto do prefeito navegador que passa a maior parte do tempo velejando por outras conexões e dificilmente atraca na via costeira de Campo Severo.
Mas, ele está conectado com a cidade através de uma rede social fictícia chamada de Bookface, fazendo anúncios de agendas eleitoreiras e promessas, deixando ainda Campo Severo sob a responsabilidade (apenas) de seus secretários.
Porem, não quero falar agora das pessoas que tem a coragem de assumir essas secretarias e muitas vezes ficam na linha de tiro das críticas aos problemas decorrentes da falta de compromisso em um nível superior dessa hierarquia, embora existam naquela administração fictícia secretarias que os moradores de Campo Severo não saibam pra que existem.
Pois bem, é sabido que na administração pública de Campo Severo existe a câmara dos vereadores, local onde deveriam, os representantes eleitos pelo povo, fiscalizarem as atividades do poder executivo e elaborarem projetos e leis municipais que contribuíssem para o desenvolvimento daquela cidadezinha fictícia, com seu povo pacato e seus coronéis.
Talvez por isso muitos moradores de Campo Severo andem se perguntando:
- Por onde andam alguns daqueles homens e mulheres que entraram em nossas casas, tomaram café conosco, bateram no nosso ombro, nos abraçaram e disseram que conheciam nossos problemas e nos prometeram melhorias para nós, para nossa rua, para o nosso bairro e conquistaram o nosso voto?
- Será que foram comprados?
- Será que se esqueceram pra que são pagos?
- Será que eles sumiram ou foram abduzidos?
- Ou será que eles são agentes secretos que desempenham suas atividades da forma mais secreta possível e por isso quase nunca são vistos?
De todas as hipóteses, considero que a ultima seja a menos provável. Porém, na inocência daquele povo que ainda sofre com uma herança cultural de submissão, de sentimento de impotência e de descaso do poder público, viver a margem da sociedade talvez não represente nada além de uma vontade divina.
De forma que, ao se debruçar sobre aquela realidade fictícia, qualquer leitor se pergunta:
- qual será o futuro daquele povo fictício caso não se libertem das correntes nas quais as hierarquias de coronéis lhes prenderam?

* Cristiano Almeida publicou esta matéria originalmente no CG News

0 comentários:

Postar um comentário

 
JPT DE CG - RN © 2011 | Direitos Autorais: (rrmoralnews.com) Railton Rocha 84 96670229