Rui Falcão conduzirá novamente o PT nacional |
Com
80% dos votos do Processo de Eleições Diretas (PED) apurados, o
deputado estadual Rui Falcão é considerado eleito presidente do PT para
comandar a sigla nos próximos quatro anos.
Segundo
Falcão, a principal “tarefa”, após a definição da composição do
diretório nacional, cuja posse será em dezembro, será a reeleição da
presidenta Dilma Rousseff, “com base em apoios dos partidos aliados e na
sociedade, em condições que ela possa avançar ainda mais as conquistas
que obtivemos desde o presidente Lula”. Ele era vice do partido e
assumiu a presidência em abril de 2011, após a renúncia do então
mandatário José Eduardo Dutra, por problemas de saúde
Entre
as outras prioridades, o presidente reeleito do PT diz que está a de
“trazer mais jovens para o PT e tornar as relações com os movimentos
sociais ainda mais estreitas do que é atualmente”. Outra tarefa
mencionada é “nos atirar na formalização das alianças com os partidos do
campo da base aliada, tarefa que já se iniciou ao longo do PED”. As
definições dessas alianças, porém, só devem ocorrer no ano que vem, por
ocasião das convenções partidárias.
Falcão
afirmou também que a democratização da mídia será uma das bandeiras de
seu mandato no comando do PT. No domingo (10), circulou o
abaixo-assinado com a proposta nos postos eleitorais do PED
Segundo
Falcão, o quadro, com relação ao PMDB, está “mais ou menos mapeado” e
não há expectativa de conflitos de interesses relevantes em 2014. “Há um
convencimento mútuo de que em vários estados haverá duas candidaturas,
num processo civilizado, sem rupturas, e ampliando os palanques da
presidenta Dilma”, analisou. “É o caso de São Paulo, por exemplo, em que
há um convencimento de que as duas candidaturas podem caminhar em
paralelo. Em outros há intenção do PMDB de que a gente pudesse abrir mão
da nossa candidatura, como no caso do Rio.”
Em
vários estados, a chamada engenharia política vai estar subordinada ao
que o partido entende que será melhor para a candidatura da presidenta
Dilma. No Maranhão, Falcão reconhece dificuldades na relação com o PMDB,
mas vislumbra uma solução: “Há uma tendência forte de um setor da nossa
militância no sentido de apoiar o Flavio Dino (PCdoB) para o governo, e
há um setor que quer apoiar a Roseana (Sarney) para o Senado. Talvez
essa possa ser uma solução salomônica, se a militância assim entender”.
De
acordo com a 12ª parcial da apuração divulgada pela Secretaria Nacional
de Organização, Rui Falcão tinha 256.359 votos, ou 69,66% dos votos
válidos, seguido pelo deputado federal Paulo Teixeira (SP), com 75.572
(20,45%). Valter Pomar, da Articulação de Esquerda, estava em terceiro,
com 20.498 (5,55%). O secretário de Movimentos Sociais do PT, deputado
federal Renato Simões (SP), da corrente Militância Socialista, obteve
9.415 votos (2,55%). Os candidatos Markus Sokol tinha 1,22% e Serge
Goulart 0,55%.
Fonte: PT Nacional
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