Irmãs Maria Elza e Professora Vânia |
Indignadas com a situação a Professora Vânia e sua irmã Maria Elza, proprietárias do local onde foram detectados os focos de mosquito da dengue, procuraram a equipe do site JPT-CG.
De acordo com a professora
Vânia, o agente de saúde Washington identificou grande infestação de larvas de
mosquito da dengue no canal que passa por varias ruas de Campo Grande e que deságua
em seu quintal na Rua Professor Basílio em direção ao rio upanema. A equipe do JPT-CG entrou em contato com o agente de saúde Washington para falar a respeito da identificação dos focos de mosquito da dengue, eles nos informou que já foram tomadas todas as medidas cabíveis para o combate as larvas, inclusive a limpeza naquela parte do canal.
Vejam a entrevista com os moradores
prejudicados com a situação das suas propriedades:
JPT-CG:
O que o agente de saúde disse a respeito da situação?
Professora Vânia: O agente
de saúde veio e disse que a água está parada e infestada de larvas de mosquito
da dengue, segundo o agente isso não afeta só a nós que moramos próximos, mas
também moradores que moram ate 500 m de distância.
JPT-CG:
O que vocês acham dessa situação?
Maria Elza: Nós estamos em
estado de calamidade, estamos correndo o risco de pegar dengue... No nosso
quintal tem um criadouro por causa desse canal.
Sueldo (sobrinho das
proprietárias): Eu cuido desse terreno desde que minha avó era viva e nunca foi
encontrado foco de mosquito da dengue, os moradores jogam lixo no canal e ate
animais mortos, é insuportável. Antes ainda faziam uma limpeza, mas agora é
raro isso acontecer.
Local onde foi identificado foco da dengue |
MORADORES
RECLAMAM DANOS DECORRENTES DO CANAL
A equipe do site JPT-CG
entrou em contato com os outros moradores prejudicados com o canal. O canal que
tem inicio na Avenida Joaquim Leal Pimenta, passa pela Rua Coronel Antonio
Melo, Expedicionário Delmiro Ferreira, Major Segundo Jácome e termina na Rua
Professor Basílio.
JPT-CG:
Em que proporção esse canal afeta a vida de vocês que tem que conviver com essa
situação. O que vocês tem a dizer?
Professora
Vânia: Estou que não aguento mais, são anos convivendo com o
odor, os mosquitos e as doenças causadas pela falta de saneamento, limpeza e
manutenção do canal, estão servindo ate de banheiro publico para as pessoas que
passam na rua. Agora foi descoberto
focos de mosquito da dengue no nosso quintal por causa desse canal publico...
Não durmo mais a noite por causa dos mosquitos. Chegamos ao ponto de querer
vender a propriedade e o imóvel, chamamos um corretor, mas ao ser avaliada ele
nos falou que não valia a pena vender, pois, todo o terreno estava condenado.
Temos varias frutíferas no quintal e não podemos colher, pois, o solo esta
contaminado. Não posso ficar no prejuízo, e nem vou ficar.
Francisca
Fernandes (Kika de Veinho): O que nos prejudica mais é a muriçoca
e o fedor... É podre. Todos nos aqui em casa temos sinusite, tivemos ate dengue.
Ailde
(mulher de João Pisco): Temos sinusite, já tive infecção,
dengue, alergia e varias doenças decorrentes da falta de saneamento. Tem dia
que não conseguimos nem almoçar por conta do fedor. Logo no inicio entrei numa
depressão por conta desse canal, do mau cheiro... Não tinha quem fizesse dormir
em casa.
João
Pisco (ex-vereador): A muito tempo que enfrentamos esse
sofrimento, já chegamos a fazer ate abaixo-assinado, mas nada foi feito...
Nessa gestão jogam água lá no inicio do canal, mas não limpam... A água fica acumulada
num canto só.
Daura: O
que mim incomoda mais é o mau cheiro, os mosquitos. Toda refeição que a gente
faz é com catinga de lama, às vezes tenho ate vergonha de trazer visita por
conta do mau cheiro... Tem época que acho ate que tem alguém morto ai dentro,
por conta da catinga. Meu filho eu queria que você tivesse passado
ontem por essa rua pela manhã, foi carradas e mais carradas de lixo.
Parece ate que eles tavam adivinhando. Isso só prejudica a nos mesmos. hoje só não ta mais podre por causa que caiu uma chuva
JPT-CG:
Vocês já procuraram a Prefeitura Municipal?
Dona
Vânia: Desde a época que o prefeito era Antonio Veras que
estamos lutando por esse canal, naquela época nada foi feito. Procuramos por
diversas vezes a prefeitura municipal, com a atual gestão e nada foi resolvido.
Depois de anos lutando e sem alcançar nenhum resultado procuramos a Promotoria
Publica para podermos resolver, a Prefeitura já foi advertida pela nossa
advogada, até agora nada foi feito.
Daura:
Em Janeiro desse ano, assim que o "homem" ganhou procurei a Secretária
Liliane, no outro dia tomaram providencias, era todo mundo limpando, mas
também foi a ultima vez... Depois disso não vinheram nunca mais.
JPT-CG:
O que vocês acham que as autoridades poderiam fazer para solucionar esse
problema?
Francisca
Fernandes (Kika): Acho que cobrir o canal seria a melhor
solução, limpar, pois, a limpeza é por conta de nós moradores, nos quem
limpamos a rua também, por que faz tempo que o gari não pisa aqui.
João
Pisco (ex-vereador): Se pelo menos a prefeitura colocasse uma
pipa de água a cada duas semanas já amenizava
Ailde
(mulher de João Pisco): A solução é o saneamento, pois esse
canal ai é resultado de fossas sanitárias e esgotos... Eu vejo que ate Janduis
tem, e o prefeito daqui só faz prometer.
Moradores colocaram lona para evitar mau cheiro e mosquitos
Moradores colocaram lona para evitar mau cheiro e mosquitos
MORADORES RECLAMAM FALTA DE LIMPEZA PUBLICA
Segundo Daura os moradores
da Rua Expedicionário Delmiro Ferreira é quem limpam o esgoto e a rua,
pois, a ultima vez que os garis limparam aquela rua foi no inicio do
ano, por que ela pediu a Secretária.
Uma moradora da Rua Expedicionário disse que quando o marido
dela esta em Campo Grande ele se juntava a outros moradores para fazer
a limpeza do canal, hoje em dia são os netos.
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