O vocalista do U2, Bono, que elogiou o Brasil em palestra do TED, |
Bono, líder da banda U2,
deixou de lado a persona astro do rock para falar sobre pobreza extrema, que,
segundo ele, deve chegar ao fim nos próximos 15 anos. Para o músico, Brasil,
Gana e Tanzânia lideram a corrida pela solução do problema.
Educador indiano ganha
prêmio do TED de US$ 1 milhão
"Hoje quero apenas
cantar os fatos. [O índice mundial de] pobreza extrema foi reduzido pela
metade. E, se continuarmos nesta tendência, será zero em 2028", disse Bono
para a plateia do TED, um evento em Long Beach que reúne especialistas de
tecnologia, entretenimento e design para palestras de cerca de 15 minutos.
"E 2028 está quase
aí, só mais umas três turnês de despedida dos Rolling Stones."
Segundo Bono e sua
organização One.org, o número de pessoas nessa situação (ou seja, com até R$
2,50 por dia) foi de 43% em 1990 para 21% em 2010. O índice de mortalidade de
crianças de até cinco anos também diminuiu bastante (menos 7.256 crianças
morrem por dia).
"Não é algo
Poliana, sem noção de um roqueiro. É real", ele continuou nos bastidores,
ao conversar com jornalistas. "Mas o índice ainda é alto, há muito
trabalho a ser feito. A pobreza não vai acabar."
O aumento da
transparência financeira de governos e queda no preço dos remédios de Aids são
fatores que ajudaram no combate, além do acesso à tecnologia. Corrupção
continua sendo a principal trava, mas a "vacina é a transparência",
falou Bono.
O cantor foi premiado em
2005 com um TED Prise, prêmio de R$ 200 mil que o ajudou a fundar a organização
One para combate à pobreza.
Ele citou o Brasil como
exemplo e elogiou o ex-presidente Lula e sua "protegè" Dilma.
Ao ser questionado sobre
corrupção no Brasil, o presidente do One, Michael Elliott, afirmou: "Vamos
chegar mais rápido ao índice zero se lutarmos contra corrupção, mesmo em países
que estão indo bem", disse.
Fonte: Folha de São Paulo
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